terça-feira, 27 de dezembro de 2011

"Prémios da Academia Portuguesa irão chamar-se Sophia"

Os prémios que a Academia Portuguesa de Cinema quer atribuir à melhor produção cinematográfica irão chamar-se Sophia, em homenagem à poeta Sophia de Mello Breyner Andresen, disse à Agência Lusa o presidente da associação, Paulo Trancoso.
A Academia Portuguesa de Cinema, que reuniu na segunda-feira em assembleia-geral, aprovou o regulamento dos galardões.

De acordo com o produtor Paulo Trancoso, os prémios serão anuais e pretendem distinguir o cinema português em vinte categorias, como melhor filme, realizador, ator e atriz, banda sonora, fotografia, argumento original e adaptado, curta-metragem, documentário e filme estrangeiro.

Os Sophia serão os prémios portugueses de cinema à semelhança dos que existem nos Estados Unidos (Óscares), em França (Césares), em Espanha (Goya) ou no Reino Unido (Bafta).
A primeira edição dos prémios decorrerá em 2012, possivelmente em abril ou em junho, dependendo do acordo que for alcançado com uma das estações de televisão para a transmissão da cerimónia, disse Paulo Trancoso.

Os nomeados serão conhecidos no primeiro trimestre de 2012.

A Academia Portuguesa de Cinema, também conhecida por Associação Portuguesa das Artes e Ciências Cinematográficas, foi juridicamente fundada em inícios de julho.

O produtor Paulo Trancoso foi eleito o primeiro presidente da direção da Academia Portuguesa de Cinema.

A atriz e deputada Inês de Medeiros e o realizador e produtor Fernando Vendrell foram eleitos, respetivamente, presidentes da Assembleia Geral e Conselho Fiscal.

Como vice-presidentes foram eleitos a atriz Anabela Teixeira (direção), a diretora de casting Patrícia Vasconcelos (assembleia geral) e a atriz Dalila Carmo (conselho fiscal).

O objetivo da criação desta Academia é ajudar a impulsionar e defender a produção de cinema português e aproximá-la do público, disse Paulo Trancoso.

Numa altura difícil para o cinema português, que aguarda nova legislação, tem um fundo de financiamento (FICA) paralisado e deverá contar com redução de apoios por parte do Instituto do Cinema e Audiovisual, Paulo Trancoso sublinhou que "é preciso ajudar a pensar positivo num momento tão crítico".


"Filme português «O que há de novo no amor?» estreia em Fevereiro"

O filme «O que há de novo no amor?», feito por seis realizadores portugueses, terá estreia comercial a 09 de Fevereiro em 20 salas de cinema, anunciou hoje a produtora Rosa Filmes.
«O que há de novo no amor?» é a primeira longa-metragem de Mónica Santana Baptista, Hugo Martins, Tiago Nunes, Hugo Alves, Rui Santos e Patrícia Raposo. Todos passaram pela Escola Superior de Teatro e Cinema, quase todos nasceram no pós-25 de Abril de 1974.
«São seis histórias de amor - cada uma realizada por um realizador diferente - de seis amigos que têm uma banda e todas as noites se encontram numa cave para fazer música (...) Mas se à noite na garagem é possível ensaiar cada canção as vezes sem fim, durante o dia, na vida, não há ensaios. Cada tentativa deixa marcas», refere a produtora.

Trailer do Filme

"Filme português mais visto leva 20 mil ao cinema"

Sangue do Meu Sangue, de João Canijo, que se estreou a 5 de Outubro, é o filme português mais visto deste ano, com 20 mil espectadores, segundo os dados do Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA).
Ainda pode ser visto no Cinema City Classic Alvalade, em Lisboa, e está agora a fazer um percurso internacional. Será exibido em festivais na Europa e também nos Estados Unidos, nomeadamente Miami, contou o realizador ao DN, comentando os resultados.
"Nos tempos que correm é uma notícia maravilhosa", diz João Canijo sobre os 20 mil espectadores que foram ver Sangue do Meu Sangue , aludindo ao facto de o número de entradas estar em queda. "No futuro não sabemos se vamos fazer filmes."


"Filme de Variações em produção"

O projectado filme sobre António Variações está agora bem encaminhado com a escolha do actor que vai interpretar o carismático cantor português.
Segundo a Time Out Lisboa, Sérgio Praia vai dar corpo ao desaparecido intérprete no futuro filme. A película chama-se "Variações" e vai ser realizada por João Maia.

A história centra-se na vida de Variações (cujo verdadeiro nome é António Joaquim Rodrigues Ribeiro), antes de alcançar a fama. O guião começa com uma viagem do cantor a Nova Iorque, onde terá sido infectado com o vírus da SIDA, para depois voltar atrás até à sua infância em Amares, perto de Braga. No final, a câmara foca no cantor já em estado debilitado ainda a «cantar canções para o gravador».

Os temas de Variações vão aparecer ao longo da história, cantados pelo próprio actor, Sérgio Praia.

A pesquisa sobre a vida do cantor começou em 2003, com a colaboração da jornalista e empresária Catarina Portas. João Maia registou o guião inicial em 2008. O argumento ainda começou a ser filmado até a produção ser interrompida devido a um desentendimento entre Maia e o produtor Alexandre Valente.

Em causa, está o contrato de Maia com a produtora de Valente, a Utopia Filmes ("Second Life", "O Crime do Padre Amaro"). O realizador e o produtor chatearam-se no início das filmagens - há testes de imagem a circular na internet mas nada definitivo - devido a diferenças de opinião sobre o guião. «Tinha assinado um contrato que me permitia ter controlo total sobre o filme. Mas pouco antes de começar a filmar deram-me um segundo contrato para assinar que permitia à Utopia despedir-me a qualquer altura, sem direito a indemnização», diz Maia à publicação, acrescentando que «fui informado de que a produção ia avançar sem mim».

O realizador interpôs então uma providência cautelar que impediu o filme de continuar a ser filmado. Seguiu-se uma acção judicial que terminou agora, dois anos depois. O veredicto foi favorável a Maia, que vai agora procurar financiamento para filmar a sua história.

A produtora Utopia foi de «impedida de continuar e de alterar, directa ou indirectamente» a obra "Variações", tal como foi inscrita no IGAC (Inspecção-Geral das Actividades Culturais).

Maia pretende concorrer ao subsídio do ICA (Instituto do Cinema e Audiovisual) em 2012, embora reconheça que «nesta conjuntura de crise seja possível não haver concurso». O realizador pretende começar a produção no ano que está prestes a começar.

António Variações faleceu em 1984, devido a complicações ligadas ao vírus da imunodeficiência adquirida.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

"Aniki Bóbó" um filme realizado por Manoel de Oliveira no ano de 1942


“Aniki-Bóbó é uma história com miúdos, baseada no conto de Rodrigues de Freitas "Meninos Milionários".
A história é simples e tem como ambiente de fundo a zona ribeirinha do Porto e Gaia. Retrata a rivalidade entre dois miúdos, o Carlos e o Eduardo, que gostam da mesma rapariga, de nome Teresinha. Um é atrevido, valentão e astuto enquanto o outro é tímido, bom e sossegado. A rivalidade entre ambos vai aumentando no decorrer do filme e, um dia, para tentar atrair a atenção e agradar à sua apaixonada, Carlos rouba uma boneca da Loja das Tentações, que sabia que a menina gostava e desejava ter para si. 
Teresinha fica muito contente com a boneca e começa a prestar mais atenção ao Carlitos.
No entanto, um dia, numa brincadeira inocente, Eduardo escorrega e cai ao lado de um comboio que passa naquele momento. Todos, inclusive Teresinha, julgam que Carlos foi o culpado e afastam-se dele.
Carlos pensa fugir num barco ancorado no cais do rio por se sentir sozinho e abandonado pelos amigos, mas é descoberto. Finalmente, tudo se esclarece por intervenção do dono da "Loja das Tentações" que assistira ao acidente e que retira todas as suspeitas de cima do Carlitos.
Todos fazem as pazes com o rapaz e podem assim, voltar a jogar aos polícias e ladrões, ou seja, ao jogo do Aniki-Bóbó ("Anikibébé. Anikibóbó. Passarinho. Tótó. Berimbau. Cavaquinho. Salomão. Sacristão. Tu és polícia. Tu és ladrão") - fórmula mágica que, nas brincadeiras de crianças, permite determinar, sem discussão, quem é polícia e quem é ladrão.
Aniki-Bobó representa a passagem de Manoel de Oliveira do documentário para a ficção. É um filme que se desenrola numa rivalidade entre crianças que manifestam sentimentos como a hipocrisia, o egoísmo, a inveja, a superioridade.
O filme transmite uma mensagem de paz, de reconciliação feita através do dono da "loja das tentações", a todos os jovens perdidos em rivalidades inúteis. Faz um apelo à amizade, à compreensão sentida, verdadeira e real dentro das normas de convivência.
Estreou no cinema Éden, a 18 de Dezembro de 1942 e o público não acolheu com grande simpatia esta grande obra do cinema português.
Embora seja um filme protagonizado por crianças, não é um filme para crianças. Alguns críticos terão, talvez, pensado que o filme transmitia ideias erróneas sobre a vida e a inocência das crianças.


Cena do Filme

Manoel de Oliveira

Realizador mais velho do mundo em actividade, autor de trinta e duas longas-metragens, Manoel de Oliveira nasceu no seio de uma família da alta burguesia nortenha, com origens na pequena fidalguia. 
Adquiriu alguma formação técnica nos estúdios da Kodak, na Alemanha e, mantendo o gosto pela representação, participou como actor no segundo filme sonoro português, A Canção de Lisboa (1933), de Cottinelli Telmo, vindo a dizer, mais tarde, não se identificar com aquele estilo de cinema popular.
Só mais tarde, em 1942, se aventuraria na ficção como realizador: adaptado do conto Os Meninos Milionários, de Rodrigues de Freitas, filma Aniki-Bobó (1942), um enternecedor retrato da infância no cru ambiente neo-realista da Ribeira do Porto. O filme foi um fracasso comercial, mas com o tempo daria que falar. Oliveira decidiu, talvez por isso, abandonar outros projectos, envolvendo-se nos negócios da família. Só voltaria ao cinema catorze anos depois, com O Pintor e a Cidade, em 1956.
Os seus actores preferidos, com quem mantém uma colaboração regular são Luís Miguel Cintra, Leonor Silveira, Diogo Dória, Rogério Samora, Miguel Guilherme, Isabel Ruth e, mais recentemente, o seu neto, Ricardo Trepa. Não são também alheias as participações de actores estrangeiros, como Catherine Deneuve, Marcello Mastroianni, John Malkovich, Michel Piccoli, Irene Papas, Chiara Mastroianni, Lima Duarte ou Marisa Paredes.

Em 2008 completou cem anos de vida, tendo, entre outras, comemorações, sido condecorado pelo Presidente da República, e assistido à produção de um sem número de documentários sobre a sua vida e obra. Centenário, dotado de uma resistência e saúde física e mental inigualáveis, é o mais velho realizador do mundo em actividade, e ainda com planos futuros.

Longas-metragens
2012 - A Igreja do Diabo
2012 - O Gebo e a Sombra
2010 - O Estranho Caso de Angélica
2009 - Singularidades de uma Rapariga Loura
2007 - Cristóvão Colombo – O Enigma
2006 - Belle Toujours
2005 - Espelho Mágico
2004 - O Quinto Império - Ontem Como Hoje
2003 - Um Filme Falado
2002 - O Princípio da Incerteza
2001 - Porto da Minha Infância
2001 - Vou para Casa
2000 - Palavra e Utopia
1999 - A Carta
1998 - Inquietude
1997 - Viagem ao Princípio do Mundo
1996 - Party
1995 - O Convento
1994 - A Caixa
1993 - Vale Abraão
1992 - O Dia do Desespero
1991 - A Divina Comédia
1990 - Non, ou a Vã Glória de Mandar
1988 - Os Canibais
1986 - O Meu Caso
1985 - Le Soulier de Satin
1981 - Francisca
1979 - Amor de Perdição (1979)
1974 - Benilde ou a Virgem Mãe
1971 - O Passado e o Presente
1963 - Acto da Primavera (docuficção)
1942 - Aniki-Bobó

"Mistérios de Lisboa" é o melhor filme estrangeiro para a International Press Academy"

O filme "Mistérios de Lisboa", adaptação do romance de Camilo Castelo Branco feita pelo chileno Raul Ruiz, que morreu em Agosto, continua a destacar-se entre a imprensa e a crítica estrangeira. Depois de na semana passada ter sido premiado com o galardão de melhor filme estrangeiro para a crítica canadiana, o filme repetiu a mesma proeza e foi distinguido na mesma categoria, na edição deste ano dos Golden Satellite Awards, atribuídos pela International Press Academy.
O filme, que se estreou em Portugal no final do ano passado, estava ainda nomeado nas categorias de melhor direcção artística e melhor guarda-roupa, responsabilidade da directora de arte Isabel Branco.
Na corrida ao galardão de melhor filme estrangeiro, "Mistérios de Lisboa" concorria com filmes como "Faust", de Aleksandr Sukorov (Leão de Ouro 2011), "O Miúdo da Bicicleta", dos irmãos Dardenne (Grande Prémio do Júri em Cannes 2011) ou "Uma Separação", de Asghar Farhadi (Urso de Ouro 2011).
A adaptação da obra oitocentista, com argumento de Carlos Saboga e produzida por Paulo Branco, retrata a história de Pedro da Silva (João Baptista), um órfão de um colégio interno que, através do padre Dinis (Adriano Luz), descobre a identidade da mãe, a condessa Ângela de Lima (Maria João Bastos).
O filme, que já se estreou em França, EUA, Inglaterra, Espanha, Taiwan, Suiçae Bélgica, já conquistou a Concha de Prata de Melhor Realizador no Festival de San Sebastián, o prestigiado Prémio Louis Delluc, o Prémio da Crítica no Festival de Cinema de São Paulo, e foi ainda nomeado para o Prémio Lux do Parlamento Europeu. No próximo ano chegará aos cinemas do Japão e do México.
O grande vencedor dos Golden Satellite Awards foi "The Descendants", de Alexander Payne, protagonizado George Clooney, que representa um pai que tenta reatar a ligação com as duas filhas. O filme foi considerado o melhor do ano e venceu ainda na categoria de melhor argumento adaptado.
Nicolas Winding Refn foi distinguido com o prémio de melhor realizador por "Drive - Risco Duplo", filme no qual se destacou Ryan Gosling, escolhido como o melhor actor. Viola Davis foi considerada a melhor actriz pelo seu papel em "As Serviçais". "As Aventuras de Tintin" venceu na categoria de melhor filme de animação e "Senna", que conta a história do piloto de Fórmula 1 Ayrton Senna, foi considerado o melhor documentário.


"Ciclo de Cinema Português exibe mais três filmes em Chaves"

O Programa de Itinerância Cinematográfica está de regresso a Chaves pelo 5º ano consecutivo com a exibição de filmes portugueses.

A exibição dos filmes do Ciclo de Cinema Português em Chaves decorre sempre pelas 21h30, no Auditório do Centro Cultural, com entrada livre. Na próxima quarta-feira, 21 de Dezembro, será exibido o filme “América”, de João Nuno Pinto, um drama que conta a história de uma jovem imigrante russa casada com um burlão. Nesta América, falsificam-se passaportes, futuros, esperanças e a ilusão de um mundo cheio de promessas.
 Na quinta-feira, 22 de Dezembro, será exibido o filme “Quero ser uma Estrela”, de José Carlos de Oliveira, no qual Teresa descobre em África que o marido, Xavier, se perdeu na prostituição de menores. Foge para a África do Sul onde encontra a filha da empregada, prostituída. Acaba por conseguir que a polícia moçambicana a salve e testemunha contra a rede de prostituição de menores. Torna-se uma estrela. A menina, resgatada, tem a atenção da Comunicação Social e também se torna uma estrela. Por último, na quinta-feira 29 de Dezembro, é exibida a longa-metragem “Os Marginais”, de Hugo Diogo e Patrícia Mulle. Neste filme, cinco vidas cruzam-se no labirinto dos subúrbios à procura da sua redenção.


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Vasco Santana

Vasco Santana em "A Canção de Lisboa"


"Actor de teatro e cinema português, nascido a 28 de Janeiro de 1898, na freguesia de Benfica, em Lisboa, e falecido a 13 de Junho de 1958, na mesma cidade. Personificou muitas figuras populares, tornando-se um actor conhecido no teatro de revista, em operetas, em comédias, no cinema e na rádio. Frequentou a Escola de Belas-Artes e esteve inclinado em seguir Arquitectura. Entrou no teatro de forma acidental, substituindo um colega doente na peça O Beijo (1916). Gradualmente, tornou-se uma figura popular devido à sua espontaneidade, humor acutilante e irreverente. Foi uma das grandes estrelas do teatro de revista durante os anos 30 e 40 e tentou dar novo ânimo à opereta, género já em decadência, produzindo e protagonizando um espectáculo que esteve praticamente dois anos em exibição: Invasão (1945). No teatro, deixou marcas em espectáculos como Auto do Fidalgo Aprendiz (1938), Há Horas Felizes (1956) e Três Rapazes e uma Rapariga (1957). Mas foi no cinema que potenciou de forma magistral todo o seu talento cómico e burlesco. Estreou-se ainda no tempo do cinema mudo em A Menina Endiabrada (1929), filme entretanto perdido. Seguiu-se Lisboa, Crónica Anedótica (1930) de Leitão de Barros. O seu primeiro êxito cinematográfico foi A Canção de Lisboa (1933), onde imortalizou a figura de Vasco Leitão, um estroina estudante de Medicina que descura os estudos em favor dos namoricos e do fado. Nesta produção, popularizaria o tema "O Fado do Estudante", por si interpretado. Só voltou ao cinema oito anos depois: em O Pai Tirano (1941) protagonizou alguns dos “gags” mais inesquecíveis da História da comédia portuguesa, interpretando o Mestre José Santana, encenador de um grupo dramático amador. No ano seguinte, outra personagem imortal: o alcoólico Narciso de O Pátio das Cantigas (1942) que mantinha uma rivalidade com Evaristo (António Silva). A partir daí, teve prestações em títulos como Camões (1946), onde foi o taberneiro Malcozinhado, Fado, História Duma Cantadeira (1948), Não Há Rapazes Maus (1948), Ribatejo (1949), Sonhar é Fácil (1951), Eram Duzentos Irmãos (1952), O Comissário de Polícia (1953), O Costa de África (1954) e O Dinheiro dos Pobres (1956). Também foi uma das figuras mais populares da Emissora Nacional, onde protagonizou os programas radiofónicos humorísticos As Lições do Tonecas (1948) e Lelé e Zequinha (1952), neste último ao lado de Elvira Velez. Foi casado com a actriz Mirita Casimiro e foi pai de Henrique Santana, que seguiria as pisadas do seu progenitor."


Francisco Ribeiro o "Ribeirinho"

"Seu nome era Francisco Carlos Lopes Ribeiro. Aos 18 anos ingressou na companhia de Chaby Pinheiro, estreando em A Maluquinha de Arroios, de André Brun, em 3 de outubro de 1929, em Torres Novas. Teve uma brilhante carreira na comédia e na revista durante meio século e dirigiu várias companhias, como o Teatro do Povo, Os Comediantes de Lisboa, o Teatro Universitário, o Teatro Nacional Popular e, por fim, o D. Maria II (1978-1981), onde foi responsável por produções notáveis. Teve participação nos filmes A Revolução de Maio (1937), Feitiço do Império (1939), O Pai Tirano e O Pátio das Cantigas (1941) e dirigiu A Menina da Rádio (1944), Três Espelhos (1947), O Grande Elias (1950), O Primo Basílio (1959) e O Diabo Desceu à Vila (1978)."

"Ribeirinho" em "O Pai Tirano"


"O Pátio das Cantigas" um filme de 1942 realizado por Francisco Ribeiro

"Num típico pátio lisboeta, por altura das festas dos Santos Populares, um punhado de gente simples vive o seu quotidiano, os seus sonhos, desilusões, paixões, ciúmes e alegrias numa atmosfera quase encantada. Alfredo é um bom rapaz cujo irmão Carlos, um estouvado, namora a frívola Amália. A irmã desta, Suzana, ama por sua vez Alfredo. Narciso, o pai de Rufino e seu sócio na leitaria do bairro, é um bêbado crónico e um virtuoso da guitarra. Rosa, uma bem-disposta viúva que vende flores, é por sua vez cortejada por Narciso e pelo intratável e arrogante Evaristo, o merceeiro, pai da invejosa e mimada Celeste. A rivalidade entre Narciso e Evaristo vai ao rubro numa noite de bailarico no pátio que termina numa autêntica batalha campal. Por fim tudo se compõe entre os vários pares amorosos e no pátio a vida segue serenamente."

Personagens:

  • Evaristo - António Silva
  • Carlos Bonito - António Vilar
  • Engenhocas - Carlos Alves
  • Alfredo - Carlos Otero
  • Susana - Graça Maria
  • Celeste - Laura Alves
  • Maria da Graça - Maria da Graça
  • Dona Rosa - Maria das Neves
  • Narciso - Vasco Santana
  • Rufino - Francisco Ribeiro
  • João Magrinho - Barroso Lopes

Cena do Filme

"Filmes portugueses no festival Clermont-Ferrand de 2012"

"O documentário "Água Fria" e a animação "Fado do Homem Crescido" foram seleccionados para o 34º Festival Internacional de Curta-Metragem de Clermont-Ferrand, que decorrerá em Janeiro, em França.

De acordo com a programação anunciada, a competição internacional integra estes filmes portugueses: "Água Fria", de Pedro Neves, e "Fado do Homem Crescido", de Pedro Brito.

O festival, o mais importante na área da curta-metragem, decorrerá de 27 de Janeiro a 4 de Fevereiro naquela localidade francesa.

«Água Fria» é um documentário de 13 minutos de Pedro Neves, que assina também a montagem, sobre a romaria de São Bartolomeu do Mar, em Esposende, e já tinha sido seleccionado este ano para o festival Doclisboa.

Já «Fado do Homem Crescido» (07:20), de Pedro Brito, é uma ficção em animação, produzida pela Animanostra, a partir de um argumento de João Paulo Cotrim, com música de João Lucas e voz off do músico António Zambujo.

De acordo com a página do festival na Internet, de Portugal foram inscritos 112 filmes para a competição internacional do festival, tendo sido seleccionadas aquelas duas produções.

Este ano, no festival de Clermont-Ferrand esteve o músico português Paulo Furtado, que foi júri da competição de vídeos musicais e apresentou as oito curtas-metragens que fez a propósito do álbum «Femina».

Para a competição internacional tinha sido seleccionado o filme «Alfa ma», de João Viana.

http://www.tvi24.iol.pt/cinebox/cinema-filmes-festival-portugueses-clermont-ferrand-curtas/1307589-4059.html

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

"IndieLisboa leva cinema português a Budapeste"

"Três dias e cinco filmes portugueses constituem o ciclo de cinema português que o IndieLisboa vai levar a Budapeste, na Hungria. Entre os dias 8 e 11 de Dezembro, o "IndieLisboa Days - Portuguese Cinema on Tour" vai ocupar o Cinema Kino Mozi, em pleno centro da cidade.
Numa iniciativa que conta com a cooperação do Centro de Língua Portuguesa do Instituto Camões, da Embaixada de Portugal e do Cinema Kino Mozi, o Indie vai apresentar alguns dos filmes e cineastas que marcaram o ano português cinematográfico, com destaque para "O Barão", de Edgar Pêra, que se estreou em Outubro nos cinemas.
A mostra abre dia 8 com o candidato português à nomeação para os Óscares de melhor filme estrangeiro, "José & Pilar", de Miguel Gonçalves Mendes. Ao documentário sobre a vida e a relação de Saramago e Pilar del Río, segue-se, no dia 9, "Guerra Civil", de Pedro Caldas, uma história de amores de verão e de revolta juvenil, ao som das músicas do princípio dos anos 80 (Orange Juice e Joy Division).
O documentário, rodado nos Açores, de Gonçalo Tocha que em 2007 venceu o prémio de melhor longa portuguesa no IndieLisboa, "Balaou", vai ser exibido no dia 10 de Dezembro.
O programa termina domingo, dia 11, com a exibição de dois filmes apresentados no IndieLisboa deste ano, nomeadamente, a curta-metragem "Casa", de André Gil Mata, e "O Barão", a longa-metragem protagonizada por Nuno Melo.
Todas as sessões de cinema acontecem às 20h, hora local (21h em Portugal), e são acompanhadas por Rui Pereira, um dos directores do festival de cinema independente de Lisboa.
O "IndieLisboa Days - Portuguese Cinema on Tour" é um ciclo promovido pelo festival, que tem como objectivo prolongar a sua acção, divulgando internacionalmente o cinema português em vários países."

http://ipsilon.publico.pt/cinema/texto.aspx?id=297717